Relógios: medir o tempo em tempos do tempo que não para
Diz-se por aí que o que diferencia o ser humano dos demais animais é a contagem do tempo. Mas será isso algo inerente à nossa espécie ou uma conseqüência dos modelos de sociedade? Grande parte dos animais dispõe de algum tipo de percepção do tempo, o que inclui o ser humano ao longo de sua história evolutiva. No entanto, desde que deixamos as cavernas paleolíticas para passar a formar culturas agrícolas e urbanas, o tempo foi se tornando cada vez mais central. Na paisagem, e, pensando paisagem como tudo aquilo que é percebido pelos nossos sentidos, podemos notar o tempo demarcado pelo som dos sinos das igrejas e mesquitas, pela vista de um praça ou torre do relógio comuns em tantas vilas e cidades, como também pelo cheiro dos alimentos comercializadas localmente, demarcando não só a época de uma safra, mas também o momento do dia: o cheiro de café e pão fresco pela manhã ou o de feijão temperado ao coentro ao meio-dia. Hoje, na era em que os dados nos bombardeiam o tempo todo, rel