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Mostrando postagens de março, 2021

Lina Bo Bardi dando cara a São Paulo: 3 obras que perpassam minha vida

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Lina Bo Bardi viveu entre 1914 e 1992, falecendo aos 77 anos na cidade de São Paulo. Nascida em Roma, na Itália, Lina fincou suas raízes no Brasil. Socialista, punha-se em oposição ao regime fascista de Benito Mussolini, enquanto no Brasil levantou suspeitas de subversão dos tiranos do regime militar. Em toda sua garra política, ela teria confrontando, na segunda inauguração do Sesc Fábrica Pompéia, face a face o presidente-general Figueiredo, nos últimos anos da decadente ditadura.   A arquiteta deixou importantes marcas em cidades como São Paulo e Salvador. Em São Paulo, entre os arquitetos modernistas, Lina foi talvez aquela que mais deu cara à cidade, tornando-a a capital do Modernismo no Brasil. Tudo bem, quando se fala numa possível capital do Modernismo no Brasil, podemos de imediato pensar em Brasília: o auge do planejamento corbusiano e das curvas de Niemeyer. Contudo, considerando-se que  o Modernismo chegou a São Paulo antes da construção de Brasília, pode-se imaginar que a

O céu: de morada dos deuses a morada humana

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UTC (-3) 2020-03-25 22:22:49.    Não nos cansamos de olhar ao céu. Desde tempos remotos o céu e seus astros foram motivo de fascínio para a humanidade e, não duvido, para os demais animais não humanos. Ora, por que não imaginar que uma coruja ou uma onça-pintada não contemplam os céus sobre suas cabeças durante as andanças noturnas? É arrogância humana imaginar que só nossa espécie conhece o prazer de contemplar a paisagem.   É certo que, enquanto animal cultural, as concepções humanas a respeito do céu são diferentes no tempo e no espaço. Na cultura ocidental, o céu já foi pauta das religiões, dos mitos e da ciência moderna. Entretanto, pensemos o céu como morada dos deuses ou como futura morada humana, o sentimento de deslumbramento e fascínio com relação a ele permanece mais vivo do que nunca. Daniely Silva, 30 de março de 2021.